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Uma Copa e Nada Mais: Helmut Rahn (Suécia-1958)

Nosso próximo capítulo da série “Uma Copa e nada mais” não faz tanto jus ao nome da série, pois este jogador já definiu uma Copa do Mundo. Helmut Rahn foi o destaque da Alemanha no que foi considerado o “Milagre de Berna”, quando os germânicos bateram os húngaros de Puskas, de virada.

Durante estes quatro anos, tivemos diversos fatos marcantes, como a  instituição de Winston Churchill pelo parlamento britânico, em 1955, mesmo ano da criação do Guinness Book, o Livro dos Recordes, como também o golpe militar contra Perón, na Argentina. Mas o fato importante foi a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a União Soviética.

Aqui no Brasil, a vitória de JK, que causa a revolta da oposição, mais por causa de seu vice, João Goulart. Em 1956, os adeptos de Fidel invadem Cuba. Já em 1957, não houve muita movimentação, mas em 1958…antes da Copa, foi uma época marcante, com o início do Fusca no Brasil. Já no exterior, a escolha de Nikita Khrushchov para a União Soviética.

Mas voltemos a Suécia. Voltemos a escolha de Helmut Rahn, destaque e herói da Alemanha:

helmut-rahn-1958

Helmut Rahn foi destaque da seleção alemã em 1958, mesmo tendo se aposentado em 1955, após uma carreira bem sucedida. Objetivo de Rahn? Fazer o maior número de gols possível e ajudar a NationalElf a repetir o feito da Itália de 1934-38, conquistando dois Copas seguidas.

O início da caminhada foi contra a Argentina, que não conseguiu ir para a Copa da Suiça. O jogo que foi realizado no dia 8 de junho, em Malmö, começou com um susto dos Hermanos, mas depois a Alemanha se impôs e virou, graças principalmente a Rahn, que fez dois gols nessa partida.

O bom início embalou os alemães para o jogo que eles denominavam como o mais difícil do grupo: contra a Tchecoslováquia.  fato este comprovado pois o time terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0. Seria o “Milagre de Helsinburgo”?? Não. Os alemães colocaram seu poder de superação a prova e empataram e Rahn, novamente foi decisivo, fazendo o 2º gol.

Sobrava o último confronto, frente a Irlanda do Norte, que já sabia que a Argentina iria ser goleada contra a Tchecoslováquia. No jogo, novo sufoco, mas a Alemanha conseguiu ao menos o empate. Menos mal para os norte-irlandeses que fariam um jogo desempate e acabaram se classificando frente aos tchecos.

Nas quartas de final, a Alemanha conseguiu escapar de um confronto contra a França, do MORTAL Just Fontaine, mas iria enfrentar a “encardida” Iugoslávia, em Malmö. Jogo truncado, fechado, mas vitória alemã pela diferença mínima, gol de Rahn que mostrava cada mais o quanto era importante para a NationalElf.

Chegam as semifinais. De um lado, o confronto que todos diziam ser uma final antecipada: O Brasil de Pelé e Garrincha, contra a França de Just Fontaine, que já havia feito 8 gols em quatro jogos.
Já na outra semifinal, a Suécia, que vinha embalada por sua torcida enfrentava a atual campeã Alemanha, que chegava na base da superação, pois em três de seus quatro jogos, saiu atrás no placar.

A Alemanha até tentou resistir a pressão sueca, mas no único jogo em que saiu na frente do placar, cedeu a pressão do time da casa, e perdeu de virada por 3 a 1, em Gotemburgo. Já em Estocolmo, o Brasil goleou a França por 5 a 2 e iria a passos largos rumo ao seu primeiro título mundial.

Decepção pra Alemanha? Sim, claro, sobrou-lhe jogar contra a França, e ser derrotada por 6 a 3, com quatro gols de Fontaine. A tristeza do povo alemão foi evidente, mas o time campeão em 1954 já não era mais aquele time em 1958. Era quatro anos mais velho. Pelo menos enfrentou adversidades e chegou ao 4ºlugar.

Rahn foi vice-artilheiro da Copa com seis gols, mas viu nascer Pelé e aparecer Garrincha para o futebol mundial. Não era uma Copa para a Alemanha. Literalmente não era. Mas a NationalElf só aumentou sua lenda de ser uma equipe difícil de ser superada.

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