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Uma Copa e Nada Mais: Luis Artime (Inglaterra-1966)

O texto que segua a série ‘Uma Copa e Nada Mais’ é de um jogador que entrou para a história das Copas do Mundo, e se tornou referência para a arbitragem internacional.

Estamos falando do argentino Luis Artime, mas antes, vamos resumir o que aconteceu naqueles quatro anos após a Copa do Mundo de 1962 e a disputa da Copa do Mundo de 1966.

1963: Os Estados Unidos fizeram parte do cenário deste ano, por dois motivos: O primeiro o embargo comercial com Cuba, que começou em fevereiro daquele ano, o outro…bem este prefere ser esquecido dos norte-americanos. O assassinato em um desfile aberto na cidade de Dallas, que causou comoção mundial. Dois dias depois o assassino de John Kennedy, Lee Harvey Oswald, foi morto por Lee Ruby, dono de uma máfia de prostituição no Texas.

Enquanto isto, no Brasil, João Goulart começa a governar o Brasil, enquanto Ieda Vargas ganhava o concurso de Miss Universo.

1964: Este é um ano marcante para a história do Brasil, quando as forças armadas atacam o governo, e proclamam estado ditatorial no país. Dez dias depois da invasão, o Gen. Castello Branco ocupa o cargo de presidente da República. Já fora do Brasil, foi um ano até que calmo, com o maior destaque para a escolha de Leonid Brejnev como secretário-geral da União Soviética.

1965: Após o conflito iniciado no Vietnã do Sul, as tropas norte-americanas chegam para iniciar o que seria chamado depois de Guerra do Vietnã. Dias antes, ainda em solo norte-americano, Lyndon Johnson (vice-presidente com John Kennedy) é proclamado presidente.
No Brasil, o AI-2 em seu artigo 18, todos os partidos são cassados. Nesse ano também, falecem Winston Churchill, ex-primeiro ministro do Reino Unido e Malcolm X, que foi um dos principais defensores dos negros.

1966 (Antes da Copa): Era a vez da Argentina se tornar ditatorial. Tudo para evitar a tendência soviética na América Latina. Esse foi o fato mais relevante antes da Copa do Mundo de 1966.

luis-artime-1966

Luis Artime era um goleador nato. Foi artilheiro em quase todos os clubes em que atuou, desde o River Plate até o inexpressivo Real Jaén, da Espanha, passando pelos brasileiros Palmeiras e Fluminense, o uruguaio Nacional e os argentino Indepiendente e Atlanta, aonde começou a carreira profissional.

Conquistou títulos brasileiros (1969, com o Palmeiras) e da Liberatdores e Mundial, pelo Nacional. Mas seu grande momento pela seleção foi a Copa de 1966 pela Argentina.

A estréia foi contra a Espanha, jogando em Birmingham, e Artime foi o grande jogador do jogo, fazendo os dois gols da vitória sobre os europeus.

Na segunda rodada, a equipe sul-americana passou em branco e empatou contra a Alemanha Ocidental.

Após o empate contra a NationalElf, a Argentina enfrentou a Suiça, Em Sheffield, Artime fez um dos gols da vitória por 2 a 0 frente aos suiços, e garantiu a Argentina a ida para as quartas de final.

Na frente, os donos da casa, de Bobby Charlton e Geoff Hurst, que fez o gol que tirava os argentinos daquela Copa, em uma partida que mudaria os rumos da arbitragem internacional, após a expulsão de Rattín, por reclamar e o árbitro não entender absolutamente nada.

Esta expulsão acabou se tornando um exemplo para a arbitragem mundial, e a partir da Copa do Mundo de 1966, os árbitros que apitassem partidas de Copa do Mundo teriam que saber no mínimo, duas línguas.

Artime foi um artilheiro que teve sorte com clubes, mas com a Seleção, não obteve glórias internacionais. É aquele denominador clássico de que ele foi bom de clube, foi bom de seleção, mas lhe faltou os títulos na mão.

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